Existe uma lei da física que dita: "Dois corpos não ocupam o mesmo espaço". Mas presenciamos estáticos (nós) e extáticos (eles) uma situação que expõe claramente essa norma da natureza. Talvez por ter ciência, mas por não me apropriar, das pré-concepções, meu raciocínio interpreta os ângulos desse caleidoscópio.
Esse espaço é nosso! Somos "normais", no sentido conotativo da palavra. "Somos" e temos as condições que nos farão profissionais e não nos assemelhamos a pára-quedistas que pousam aleatoriamente no campo do conhecimento. Nos formamos para atuarmos como verdadeiros especialistas.
"Esse espaço é de vocês até o momento em que o capital domine", replicam eles. "Eles" relatam que a capacidade intelectual é inerente a personalidade e, sobremaneira, ao esforço de cada ser. E, destarte, continuam: "Talvez por já lidarmos com a realidade da profissão, o conhecimento nos seja mais permeável. Capacidade não é problema, exemplos não nos faltam. Suas análises os tornam discriminatórios. E, a discriminação é adversa a humildade.
Aos mais desatentos, perceba que o escritor-personagem se apropria dos dois lados da moeda.
Mas retornando àquela lei da física (do começo do discurso), exponho, por conseguinte, a minha face. No momento em que esse espaço vive uma crise institucional, percebemos que "eles" possuem prioridade e "nós" somos postos de lado. Como dois corpos não preenchem o mesmo espaço, ao passo que "eles" ocupam o espaço, "nós" saímos desse mesmo espaço (que a princípio e somente a princípio seria nosso). Circunstâncias, coincidências, não sei. Só sei que isso é fato. O espaço é deles nesse momento (e noutros momentos foi também quem sabe). Utilizam-se dos nossos professores, do nosso espaço, de nosso nome. Espaço de formadores nuns dias, cidade-deserta, noutros dias (maioria dos dias diga-se de passagem).
"Eles" regularmente têm aulas. E "nós", os "regulares", quase esquecemos o que venha a ser aula! Talvez porque "eles" detenham o capital e "nós" apenas a vontade de estudar. Talvez porque lá se graduem professores, e cá, pensadores (sem generalizações, é claro!).
Esse espaço é nosso! Somos "normais", no sentido conotativo da palavra. "Somos" e temos as condições que nos farão profissionais e não nos assemelhamos a pára-quedistas que pousam aleatoriamente no campo do conhecimento. Nos formamos para atuarmos como verdadeiros especialistas.
"Esse espaço é de vocês até o momento em que o capital domine", replicam eles. "Eles" relatam que a capacidade intelectual é inerente a personalidade e, sobremaneira, ao esforço de cada ser. E, destarte, continuam: "Talvez por já lidarmos com a realidade da profissão, o conhecimento nos seja mais permeável. Capacidade não é problema, exemplos não nos faltam. Suas análises os tornam discriminatórios. E, a discriminação é adversa a humildade.
Aos mais desatentos, perceba que o escritor-personagem se apropria dos dois lados da moeda.
Mas retornando àquela lei da física (do começo do discurso), exponho, por conseguinte, a minha face. No momento em que esse espaço vive uma crise institucional, percebemos que "eles" possuem prioridade e "nós" somos postos de lado. Como dois corpos não preenchem o mesmo espaço, ao passo que "eles" ocupam o espaço, "nós" saímos desse mesmo espaço (que a princípio e somente a princípio seria nosso). Circunstâncias, coincidências, não sei. Só sei que isso é fato. O espaço é deles nesse momento (e noutros momentos foi também quem sabe). Utilizam-se dos nossos professores, do nosso espaço, de nosso nome. Espaço de formadores nuns dias, cidade-deserta, noutros dias (maioria dos dias diga-se de passagem).
"Eles" regularmente têm aulas. E "nós", os "regulares", quase esquecemos o que venha a ser aula! Talvez porque "eles" detenham o capital e "nós" apenas a vontade de estudar. Talvez porque lá se graduem professores, e cá, pensadores (sem generalizações, é claro!).
Dênis Vinícius Farias Palmeira
Curso de Ciências Biológicas
Campus II/UNEAL
Curso de Ciências Biológicas
Campus II/UNEAL
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3 comentários:
Prezado Dênis, sua reflexão é muito lúcida. Enquanto a graduação "normal" ou "regular" sofre diante da intempérie, a graduação "particular" segue de vento em popa!
Que suas palavras soem como provocativas a seus pares, estimulando-os à luta por seus espaços, logrados à anos por [des]governos e gestores insanos que fingem não ver a agonia de uma maioria. E essa maioria precisa despertar e perceber a sua força!
Que o movimento discente da UNEAL resgate os anos de ouro dessa categoria, criando espaços de discussão, de luta, e vitórias conquistadas pela união.
Parabéns e continue no caminho que conduzirá à unidade e conquistas sóbrias.
Denis
estou sem palavras para expressar o quanto o seu texto se enquadra na situaçao que estamos vivenciando.Espero que as outras pessoas que o leiam despertem do comodismo em que se encontrem e passem do estado de inércia à ação.
Parabéns Dênis!
Adorei esse texto!
"é a nossa realidade"
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